quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ray and Robby of The Doors 2009: MICO TOUR?


Li um tópico interessante, feito pelo meu amigo Flávio, na comunidade The Doors. Ele fazia a seguinte indagação:


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THE DOORS 2009 [ MICO-TOUR]pelo que vi e li e mesmo pelos videos do YOUTUBE , os shows foram fraquissimos e alguns lugares os cambistas praticamente deram os ingressos minutos antes dos shows ?foi verdade mesmo .....ou foi impressão minha ?em 2004 eles foram ao CREDICARD HALL em SÃO PAULO[ ian astbury no vocal ]estava completamente esgotado e nem por 1000 reais neguinho conseguiria ve-los....será culpa do Brett scallion que é horrivel...........ou seria a crise mundial ?


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Em seguida, meditei sobre o assunto. Abaixo, algumas das minhas reflexões:


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Amigo, eu te compreendo. Para explicar esse “fenômeno”, que você aqui nomeou como “Mico Tour”, poderíamos levar por várias linhas de entendimento.

1° Nos tempos áureos, dos Doors, eles sempre tiveram um público relativamente “pequeno”, se comparado com outras bandas “midiáticas” e com forte apelo midiático (propaganda), como: Beatles, Stones etc. Logo, os Doors, desde a sua fundação, tinham um caráter peculiar. Desde a concepção dos concertos (segundo o Jim, eram verdadeiras cerimônias, onde havia esse contato direto dos músicos com o público), e a questão da propaganda da própria banda. Literalmente falando (falando em linhas gerais, pois se eu fosse esmiuçar o tema...). Eles nunca fizeram shows para um público enorme. E no dia que teve muita gente para vê-los, sempre resultou em grandes “rebuliços”. Para ilustrar, temos o show de Miami (69), cujo teatro era pequeno para a quantidade de ingressos que foi vendido, três vezes mais do que a capacidade do local em si. Culpa dos organizadores do evento na época. Estou citando superficialmente, essa questão dos Doors x shows. Ah, vale ressaltar, os Doors nunca fizeram turnês longas. Sempre foram curtas. Palavras de Ray, Densmore e Krieger. Motivos conhecidos por quase todos, julgo eu.

2º A tour Riders on the Storm/2008: fizeram 3 shows pontuais, nas capitais brasileiras: Porto Alegre, Brasília e São Paulo. E segundo os comentários: o show foi muito bom. Público grande. Ingressos esgotados? Não sei dizer.

3º Ray and Robby of the Doors 2009: já parto da premissa das cidades escolhidas. Curitiba ok. As cidades do estado de São Paulo, que sediaram aos shows, em meu entender foi uma grande falha. Digo por parte dos empresários dos tios. Falta uma acessoria de imprensa deles, para definir o público que eles devem e querem tocar. Precisavam valorizar mais o talento que eles têm de sobra!! Porém, pelo que notei, eles valorizaram apenas o cachê. Nada mais. Direito deles, né? Chato para nós (fãs ardorosos da banda) ouvir comentários (com fundamentos) feitos os seus. As pessoas do interior têm direito sim, a assistir ao show deles, todavia, metrópoles do nosso país, não tiveram esse privilégio. Muita falta de pesquisa, um estudo quanto ao público. Tenho certeza absoluta, que se eles fizessem show em uma das capitais do Nordeste (Fortaleza ou Recife) estaria LOTADO. Porém, faltam empresários para tal compromisso. Dinheiro não falta, mas preferem valorizar os “axezeiros”. Outro ponto a ser mencionado: os valores dos ingressos cobrados. Teve alguns que cobraram R$500,00 para ter direito a assistir como “vip”. E cadê esse povo lá? Nada. A maioria que foi, pagou pelos lugares mais “econômicos”. Nos minutos antecedendo o show, tinha gente vendendo por até R$ 14,00 (relatos de amigos meus que pagaram tal valor). Falta de planejamento, da organização do evento. Tempo, eles tiveram. (Será que os tios, não ficaram desanimados, vendo aquele espaço, considerado ‘vip’, quase vazio? Se não, mais um ponto para reafirmar que o interesse deles é a grana).


4º Quanto ao vocalista, não o considero ruim. Tampouco, gosto de compará-lo com outro “cover” do Jim, no caso Ian. Imitação por imitação, o desempenho do Brett foi muito bom. Demonstrou carisma, humildade (deixou de aparecer mais, para que os tios fossem as verdadeiras estrelas do show) e boa interpretação das músicas, deixadas pelo ÚNICO vocalista dos Doors: Jim Morrison.

5° A qualidade dos comentários (para não dizer outra coisa) que tenho visto, dos fãs emergentes (pseudo-fãs) dos Doors é para causar lamentação. Só sabem dizer: ‘o show foi “ducaralho, foda”, daí pra pior. Ou então, ficam a se lamentar: “Buá buá não tocou Riders On The Storm” ou “Buá buá não tocou Gloria”. Ahhh, tanta coisa para analisar e comentar, ficam a querer que os tios esgotassem em menos de 2horas, uma obra de 6 anos?!? Realmente, pseudo-fãs. Desconhecem a banda. Análise crítica, li poucas, porém, tivemos ótimas fontes testemunhais: Viajante, Martian, Fernando e outros que não recordo. Os demais...lástima.

Depois, escrevo mais. (Caso eu veja algum comentário que me motive).

For
Jim Morrison
1943-1971

KATA TON ΔAIMONA EAYTOY

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ray and Robby of The Doors


Sei lá...mas determinadas críticas que eu leio, me deixam profundamente triste.


Não reconheço um ex-Beatle. Se os quatro rapazes, no fim da década de 60 pararam, os motivos, todos aqui sabem tão bem quanto eu. Todavia, a gente não sabe, se o John Lennon estivesse vivo, ou o George iriam ou não, fazer outros shows. Nem que fosse para relembrar os velhos tempos. Paul e Ringo estão para lançar um álbum novo. E com certeza, nas possíveis apresentações que farão, irão recordar as memoráveis canções que embalaram e embalam gerações. E garanto ainda mais: a maioria do público dos Beatles anseia por esse re-encontro.
Um detalhe: diversas vezes, durante as curtas turnês que os Doors fizeram, com o Jim em vida, o Ray assumia o vocal. E nem por isso, o público não prestigiava aos 3 em palco. Nem por isso, eles foram menosprezados ou renegados. Enfim, os dois que estão nessa formação atual têm meu total apoio. Não me importa saber as reais intenções para que o Robby e o Ray estejam fazendo, o que importa é que a música não pode parar.
The Doors não morreu, permanece mais viva do que nunca, pelas letras e canções que Jim Morrison nos deixou em vida. E para quem me conhece, sabe que eu sou uma das maiores fãs do Jim na face da Terra. Acho justo que os dois, que estão trabalhando, façam sim aos concertos. Acho empolgante ver o Ray se divertindo em palco. Ele permanece tão jovem quanto nos 60's. Ou até mais serelepe do que outrora, haja vista que (aparentemente) ele transmitia um semblante carrancudo, sério, pensativo.
Quem não gosta, não vai ao show. Se quiser emitir uma opinião, que seja bem fundamentada. E não ficar apenas naqueles clichês: The Doors sem Jim não existe.
Os Doors são o que são, pelas músicas que eles criaram nos 60's. Sim, Jim Morrison, o xamã, the Lizard King partiu. Porém, ele deixou aquilo que ele tanto prezava: as palavras. E elas não podem ser esquecidas. Ruim ou não, mas em cada apresentação que os dois Doors fazem, eles estão revitalizando toda essa obra. Sorte a nossa, que em 2009, século posterior da fundação da banda, estamos tendo o privilégio de ouvir os teclados e a guitarra original, dos seus fundadores.
Não existe ex-presidente, ou ex-Doors. Não é questão de um simples título, mas sim deles serem os fundadores da banda. Infelizmente, Jim Morrison não está aqui, para nos brindar com a sua presença, voz, carisma, energia etc etc em palco. Todavia, podemos ouvir aqueles vestígios musicais que tanto o motivara em vida para: cantar, dançar, berrar, gritar, sacudir multidões.

Sem mais.